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Olha pessoa agora estou em Barueri e vamos lutar agora com o vereador chico vilela e gil arantes ta

14140 chico vereador
25 Gil Arantes


abs

Julio Tulhão


15/11/2010

Blog do Josias

  Fotos: ABr e Folha
Sem alarde, PSDB e PPS analisam a viabilidade e a conveniência de fundir as duas legendas numa só.

As conversas, ainda embrionárias, começaram há duas semanas, nas pegadas da derrota do tucano José Serra para a petista Dilma Rousseff.

Coube ao senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) procurar o deputado eleito Roberto Freire (SP), presidente do PPS federal.

Ex-chefe da Casa Civil do governo Serra em São Paulo, Aloysio propôs a fusão.

Escorou a ideia numa apreensão legislativa. Disse que, juntas, as legendas teriam maior poder de fogo no Congresso.

O PSDB saiu das urnas de 2010 com 53 deputados e 11 sedadores. O PPS, com 12 deputados e um senador.

Na cabeça de Aloysio, a nova legenda abrigaria os “descontestes” de outros partidos –do PMDB ao DEM, passando por PDT e PSB.

Citou-se o exemplo do senador Jarbas Vasconcelos (PE), um oposicionista aninhado no protogovernista PMDB.

O debate ocorre num instante em que o tucanato tenta fazer a digestão de sua terceira derrota presidencial.

O senador eleito Aécio Neves (MG) fala em “refundar” o PSDB. FHC cobra a defesa explícita do legado da era tucana no governo federal.

O repórter foi ouvir Roberto Freire. Ele confirmou o contato de Aloysio Nunes e admitiu que as conversas caminham.

Deu a entender que atribui ao PSDB, não ao seu PPS, a iniciativa dos próximos movimentos: “Ninguém faz fusão a partir de um partido minoritário”.

Disse: para que a articulação avance, o PSDB precisa, primeiro, se convencer de que precisa buscar reforço, incorporando setores da “esquerda democrática”.

Depois, seria necessário “ter clareza do que vai ser esse novo partido”. Como assim?

“Não pode ser um amontoado, um ajuntamento”, disse Freire. “O Brasil não precisa de outro PMDB”.

Para Freire, se o objetivo for apenas o de dar maior efetividade às ações da oposição no Congresso, a formação de um bloco oposicionista pode resolver o problema.

Na hipótese de evoluir para a fusão, PSDB e PPS flertam com um risco que seus dirigentes parecem desconsiderar.

Da fusão resultaria uma terceira legenda, com programa e estatuto novos. Algo que desobrigaria os congressistas dos dois partidos do compromisso da fildelidade.

Pela lei, os filiados do PSDB e do PPS estariam livres para buscar refúgio em outras legendas. Tornariam-se alvos automáticos da cooptação governamental.


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A maneira como o político lida com a derrota indica se ele possui ou não as condições para seguir a carreira pública

A maneira como o político lida com a derrota indica se ele possui ou não as condições para seguir a carreira pública

Ao final das eleições terão ocorrido derrotas por pequena, média e grande diferença, mas, de qualquer forma, derrotas. Terão ocorrido derrotas previsíveis, esperadas, como terão ocorrido derrotas inesperadas e surpreendentes. Abre-se, assim, a fase de administrar o momento, seja ele de derrota ou de vitória.


No primeiro momento, predominam os sentimentos de frustração, tristeza, desilusão e até de arrependimento por ter concorrido

Administrar a pós-eleição para quem foi derrotado, como é óbvio, será uma situação completamente diferente da administração da vitória. No primeiro momento, predominam os sentimentos de frustração, tristeza, desilusão e até de arrependimento por ter concorrido. Se estes sentimentos persistirem e se cristalizarem, você por certo abandonará a carreira política. Não conseguir lidar com a derrota é o sinal incontestável de uma inadaptação às contingências inevitáveis da política.

Ninguém disputa eleição para perder. Mas também ninguém pode ter a pretensão de ganhar sempre. A maneira como o político lida com a derrota é pois, o sinal, o indicador claro, de que possui ou não as condições pessoais para a carreira política.

O profissional da carreira pública - o político - sofre tanto ou mais com a derrota como qualquer outra pessoa. Diferentemente delas, entretanto, não demora a se recompor e a redefinir o seu futuro em termos políticos.

A primeira tarefa com a qual se ocupar, no plano da análise e reflexão, após o período de "luto" pela derrota, é entender as razões da derrota. É óbvio que há outras tarefas que são, inclusive, prioritárias em relação a esta, mas são de natureza material - a liquidação da campanha - isto é, o pagamento de dívidas, a desativação da estrutura de campanha, a finalização da comprovação das despesas para o Tribunal Eleitoral, a resolução de pendências jurídicas etc.

Encaminhadas e resolvidas estas pendências de natureza mais material, passado o primeiro impacto emocional da derrota, surge então o momento adequado para entender as razões da derrota. Este momento não deve estar nem demasiado próximo da eleição (quando os sentimentos estão ainda muito vivos), nem demasiado distante dela. Dentro de um período de 2 a 3 meses após a eleição pode ser o momento adequado para este exercício.

Entender as razões da derrota

Antes de tudo, é preciso não confundir as reuniões de discussão para entender a derrota com reuniões destinadas a apontar culpados e responsáveis por ela. Este é o risco da reunião feita imediatamente após a eleição. Neste momento, o ânimo está ainda muito exaltado e tende-se a orientar a discussão no sentido da culpa. Em segundo lugar não se trata de uma reunião, e sim de uma sucessão de reuniões. Gastar-se-á tanto tempo para esta tarefa, quanto se gastou para conceber o posicionamento da candidatura e o seu foco.


Reuniões de discussão para entender a derrota, não podem se transformar em reuniões destinadas a apontar culpados

Além disso, a seleção dos participantes é fundamental para o sucesso do empreendimento. Devem necessariamente participar das reuniões o pessoal de pesquisa, de estratégia, de publicidade, de agenda, de trabalho de campo, alguns cabos eleitorais especialmente escolhidos, a assessoria de imprensa e o coordenador geral.

Também o comando da reunião é decisivo para seu sucesso. Esta não é uma tarefa delegável. Incumbe ao candidato dirigir as reuniões, significando com sua presença ativa a importância que ele atribui a elas. A condução dos trabalhos deve incentivar a livre participação, dentro de regras de procedimento aceitas por todos. O que se deseja é a discussão, animada e até exaltada por vezes, desde que dentro de limites que assegurem sua eficiência e produtividade.

São discussões onde, forçosamente, as opiniões predominarão sobre os fatos e evidências - afinal, busca-se uma interpretação que é sempre um exercício da criatividade e especulação - mas, sempre que possível, deve-se buscar amparar as opiniões em fatos. Se ainda houver recursos disponíveis (ou possibilidade de captá-los), deve-se tentar realizar um survey ou, pelo menos, uma rodada de pesquisas qualitativas para colher informações de eleitores.

Deve-se também estudar comparativamente a publicidade do candidato vitorioso, seu material de campanha, confrontando-os com a sua. Este é um exercício que raramente é feito, mas que é de fundamental importância para entender as razões da derrota. Na maior parte das vezes, a razão da derrota encontra-se nas razões da vitória.

O resultado final desta tarefa deve ser uma explicação lógica e objetiva, não somente das razões gerais da derrota, mas sim a identificação itemizada de quando se errou, em que se errou, porque não se corrigiu o erro em tempo; quais foram as decisões entre alternativas cruciais que encaminharam a campanha para o erro; quais as estimativas não realistas que foram assumidas como certas; qual o papel que decisões imediatistas e emocionais tiveram; etc. Em outras palavras, esta auto-crítica precisa ser impiedosa e absolutamente verdadeira. Somente assim, se conseguirá explicar o porque da derrota, aprender com ela, e entender que "a derrota é o começo da nova campanha".